noite estranha...

...uma discussão que nunca tivemos, mesmo que sem gritos ou palavras feias e um bilhete enorme para mim, logo que eu acordei.
Não consigo pensar direito, eu odeio rever as cláusulas desses desacordos, nem manter minha atenção focada nisso. Mil coisas esperam para ser feitas. Até bater um papo com a vizinha que ligou para o interfone por que a minha gata anã tentou pular do 4º andar de novo.
Qualquer coisa.

Chutar o balde, pegar minhas coisas e ir embora. O contrato do apartamento terminou e parece... terminar junto com ele até nossa capacidade de aceitar os espaços um do outro.

Vontade de fazer coisas inúteis, de cortar o cabelo, de dizer para as pessoas o que vai acontecer com as suas vidas a partir do que eu sonhei, de pegar a estrada, trocar de país, infernizar pessoas ate elas me cederem a tao desejada cidadania italiana. Voltar nunca mais, dominar o mundo que já é meu.

nao... eu vou pensar direito, eu vou reler o bilhete.

mas antes: Jess, voce vai sim voltar, passará um tempo no Brasil articulando maneiras de voltar para Wuppertal, quanto a depois, ja nao sei, tenho de dormir mais.
Sabe por que eu nunca conto? as pessoas tem mania de tentar mudar depois que sabem o que vai acontecer, e pode ser mesmo que agora voce diga "nao!!! os sonhos dela nao condenam a minha vida!" e procure um emprego ou algo assim, para nao voltar, mas, sabe... a vida é sua, eu apenas sonho, você realiza.