Confessions

Tirei toda a roupa e entrei nua embaixo dos lençóis. Assim que deitei a cabeça no travesseiro contei a ele muitas das pequenas verdades que ele não sabia ainda.
Pareceu longo e cruel, por que para algumas pessoas isso é muito simples e para ele não é e nunca será.
Eu abraço as pessoas em suas condições humanas, as vezes me envolvo para poder compreender, sem juízo ou conta do prejuízo que posso causar.
Quanto mais humana sou, mais alguns me apreciam, e eu não mudei a essência, continuo o mesmo monstro. E com isso, é claro, eu continuo não me importando de verdade.
Um cara na ultima festa me falou sobre "ler" as pessoas. Reconheci outro monstro. "eu finjo muito bem me importar", é verdade, sim, todo mundo quer apenas que nos importemos. Senti inveja dele pois ele sabe ler a única pessoa com quem realmente tenho dificuldades.
A verdade sobre isto é que EU me atrapalho sozinha. (assim como me machuco sozinha). Criatura nenhuma neste mundo VÊ o que NÃO QUER VER. Talvez pela minha condição, eu as vezes tenha um vislumbre da "coisa toda", e mesmo assim desejo apenas viver.

de alguns meses para cá, eu confessei muitas coisas. Acho que ser um monstro realmente importa pra mim, de alguma forma, talvez eu QUEIRA compreender o por que disso.

Comentários

  1. bota na tua cabeça que tu n é um monstro apenas por falar verdades.

    vou te dizer, sexta me importei... importava... seguir um conselho da tua amiga, agora n acho mais nada.

    adios ***

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  2. Sempre achei muitas coisas, mas isso nunca fez diferença. Aprendi muita coisa com isso, e isso também não mudou nada, pelo menos no mundo.
    Eu me importo ainda com muitas coisas, mas está sendo apenas uma questão de ter o trabalho de me desimportar logo depois. É engraçado e estúpido, mas no fim das contas é uma questão de exercício.

    Ah, sim você é um monstro, mas isso não te faz menos humana, nem te faz ser pior ou melhor, só diferente. Eu não me choco mais com nada que venha de ti e acho que isso é quase ruim. Sei que gosta de provocar reações, das quais eu tenho quase nada... Ou as tenha ainda, pra deixar de tê-las logo depois.

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  3. HAHAHAHAHAHA, a garota, a pequena loucura, uma que eu escrevi um tempo atrás olhou bem nos meus olhos, saltou do chão freneticamente e começou a pular e rir estranhamente gritando algo como:

    "Bipolaridade Rulez! Bipolaridade Rulez!"

    E eu comecei a dançar com ela no meio da sala.

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