meríade, meríade



logo que se virou para ir, sentia-se perdida. caminhou rapido demais.
culpava-se pelo seu silencio, ou por seus devaneios constantes e improprios.
o ar faltava e nao tinha jeito, apertou o livro contra o peito, caminhou mais rapido.
se culpava mais um pouco, por ser desajeitada, confusa e boba.
e entao parou. assim derrepente.
olhou bem as pessoas atravez dos óculos escuros. Passavam por si, seus rostos ocupados com tudo o que tinham de fazer, com o que tinham de ter feito tudo o que nunca fizeram.
virou e caminhou muito muito rapido, nao sabia o que pensava, nao sabia direito nem onde estava.
mais adiante uma mulher caiu e a bolsa rolou pesada no chao, espalhava o conteúdo no meio do corredor. Parou e juntou tudo para a mulher o mais rapido que pode, a mulher desconfiava dela.
entrgou-lhe a bolsa e correu, quando chegou ao lugar parou olhando o vazio.
apoiou-se na grade de ferro, tirou os oculos.
"que tu tens menina?" disse uma velhinha pequena e de aspecto fragil, pegando-lhe uma das maos frias "sente-se mal, pequena?"
"nao senhora...." respondeu sem jeito "eu... apenas... perdi meu onibus."

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