a dor dolorosamente deliciosa da maçã

e entao o silencio me perturbou.
eva perdida, sami descontrolada.

é claro que nada está claro em lugar nenhum, fico um pouco feliz por isso. em meus sonhos eu procurei muito por alguma coisa (que nao sei o que é), abri cofres, portas janelas, e acordei sem encontrar, no meio de um quarto muito bagunçado, (sem entender como) , e uma certeza interessante:"estive sonambula".

resultado da procura:
dormindo retirei das paredes os quadros, meu chapéu, meu violino, o meu espelho e as roupas do meu armario todas no chao, um mar de roupas pretas, aqui e ali alguma coisa vermelha como sangue. um segundo de ilusão e olhei p meus pulsos. Intactos.
me olhei no espelho no chao, nada estranho em mim, no meu rosto. só uma cara muito branca e assustada.
o que é? meu sonambulismo... porque? que entao eu ao menos durma calmamente... que nao pense na maçã que eu mordi(meu doce coração suculento), que pense menos ainda nele, meu coração sonhador e sempre tao "meio vazio".


...
eu nao quero este silencio, mas se nao posso evita-lo, que entao eu durma em paz!

"dor deliciosa hein?" sami pega eva pelos pulsos e diz, " tem algo a que reclamar, nao?"

eva só suspira e fecha os olhos.

"uma alma quem sabe?"
a quero para mim.
quero sim, quero muito.


delírios. como eu a quero...a esta alma maravilhosa, imperfeita e tao real, luminosa. te vejo como se dentro de ti houvessem mil borboletas luminescentes.


criança criança....que é este MEDO? nao te cubro de infamias, nao te cobro, nao machuco.


bem sabes. nada te pedi de certeza, nunca.

Comentários

  1. Se tens a doçura da maçã ou o ardor da pimenta, não importa, o que interessa é que a mistura dos sabores te faz perfeita, inquieta na serenidade, silenciosa na agitação, mas de alguma forma sempre presente....
    Tua impetuosidade adolescente,enche meus dias, preenche os vazios labirintos de minha existência e me faz viva, a complexidade de tua existência é a dádiva para meus dias mornos, não te faço o centro de minha vida para te deixar viver... viver e voar...mas não posso negar, minha criança, não deixo de admirar o rastro nas nuvens nem de me sentir inebriada por essa energia...

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