Das coisas não ditas...
....e mesmo assim, mil vezes escritas, e tanto, mas tanto, que haveria um mar de de nanquim no caos dos meus cadernos, que quando abertos - e ainda tao incendiários - encheriam esta sala inteira dessa tinta, tao densa, tao volátil.
mas vou pensando em circulos enquanto escrevo as coisas que nunca peço, os segredos que nunca conto e os desejos (que por fim, tenho), no que aconteceria se eu simplesmente me revelasse, expusesse plenamente minhas observações, contando o que espero de voce e dos outros, e aqueles sonhos guardados naquela caixinha de veludo onde mora, tambem, -e a tanto tempo- meu coração?
é tentador...mas tambem penso se ja nao o faço: dessa minha forma pouco direta, que teme o pedir, o se comprometer...
talvez, pelo numero de pessoas que feri eu devesse...devesse passar por cima do que meus misterios protegem, contar os reais motivos para que brilhem no fundo dessa fonte, como uma enorme e polida moeda e possam finalmente recolhe-la à serie de nao tao evidentes provas materiais que já existem.
o meu medo talvez seja de que se tudo revelado, nada mais reste... e eu li ontem mesmo que o nada permite tudo, ja que nada o define - e portanto, nada aprisiona.
tentador e assustador de verdade! me pego olhando lá pra fora, como se pudesse fugir da ideia e até deste texto, me esconder em alguma sombra, para que a luz nao possa, jamais, sobre mim ser posta.
mas... quase sem perceber, pergunto de novo, a mim, a você e ao vento: eu deveria?
contraditoriamente, em algum momento de 2010 escrevi:
mas vou pensando em circulos enquanto escrevo as coisas que nunca peço, os segredos que nunca conto e os desejos (que por fim, tenho), no que aconteceria se eu simplesmente me revelasse, expusesse plenamente minhas observações, contando o que espero de voce e dos outros, e aqueles sonhos guardados naquela caixinha de veludo onde mora, tambem, -e a tanto tempo- meu coração?
é tentador...mas tambem penso se ja nao o faço: dessa minha forma pouco direta, que teme o pedir, o se comprometer...
talvez, pelo numero de pessoas que feri eu devesse...devesse passar por cima do que meus misterios protegem, contar os reais motivos para que brilhem no fundo dessa fonte, como uma enorme e polida moeda e possam finalmente recolhe-la à serie de nao tao evidentes provas materiais que já existem.
o meu medo talvez seja de que se tudo revelado, nada mais reste... e eu li ontem mesmo que o nada permite tudo, ja que nada o define - e portanto, nada aprisiona.
tentador e assustador de verdade! me pego olhando lá pra fora, como se pudesse fugir da ideia e até deste texto, me esconder em alguma sombra, para que a luz nao possa, jamais, sobre mim ser posta.
mas... quase sem perceber, pergunto de novo, a mim, a você e ao vento: eu deveria?
contraditoriamente, em algum momento de 2010 escrevi:
"Estar viva me parece qualquer coisa incontrolável, como é a tempestadade de meus pensamentos em meu silencio. É deixar a alma fugir para os lugares que ainda tem luz, conquanto permite ao corpo vibrar-se na imensidão do 'não há'".
Todo botão de rosa se abre um dia.
ResponderExcluirDo or do not. There's no try.
ResponderExcluirVocê sabe qué verdade mais do que ninguém.